Comunicação

 

O principal recurso para segurança no mar é o rádio. Podemos informar e obter soluções via rádio para todos os problemas que surgirem a bordo.

Podemos também obter previsões meteorológicas, avisar o ancoradouro de nossa chegada, ou simplesmente manter conversa de bordo com os nossos amigos e familiares em terra.

As comunicações marítimas são:

·         HF (High frenquency – alta freqüência): Essa faixa compreendida em 3 MHZ a 30 MHZ é usada principalmente para comunicação à longa distância (aviso aos navegantes, previsões meteorológicas);

·         VHF (Very high frequency – freqüência muito alta): Essa faixa compreendida entre 30 MHZ a 300 MHZ é usada para comunicações de curta e média distâncias (navio a navio, navio/terra) além de radiogonometria em VHF.

 

O VHF

Um rádio de VHF pode operar em qualquer lugar na faixa de freqüência a que ele se destina, porém, certos segmentos dessa faixa são reservados para determinados usos. A faixa marítima deve ser entendida como principal sistema para as embarcações amadoras em trânsito junto ao litoral.

Os canais usados em VHF são numerados de 1 a 88. Utilizam-se os canais seguintes:

·         Canal 16 – 156.800 KHZ: Chamada de socorro

·         Canal 06 – 156.300 KHZ: Segurança entre embarcações

·         Canal 09 – 156.450 KHZ: Uso geral para embarcações de qualquer categoria

·         Canal 12 – 156.600 KHZ: Operações portuárias

·         Canal 14 – 156.700 KHZ: Operações portuárias

·         Canal 68 – 156.425 KHZ: Exclusivo para iatismo – escuta permanente

·         Canal 69 – 156.475 KHZ: Embarcações de pequeno porte em geral

·         Canal 70 – 156.525 KHZ: Exclusivo para iatismo

·         Canal 71 – 156.577 KHZ: Embarcações de pequeno porte

Observação: Do canal 23 a 28 é telefonia via Embratel. Solicitar o serviço no canal 16 ou no canal costeiro mais próximo.

Como utilizar o equipamento de VHF

1.     Escute, antes de efetuar qualquer transmissão... Sempre! Lembre-se que o tráfico prioritário é de quem está usando a freqüência. Jamais interrompa esse tipo de tráfico, a não ser caso de emergência.

2.     Use linguagem compatível com o procedimento de operação. Sendo dessa forma mais fácil a comunicação entre as estações.

3.     Desconfie de sua memória por mais prodigiosa que ela seja. Cerque-se de papel e canetas em abundância. Preferencialmente anote tudo o que for transmitir e as mensagens que recebeu, anotando a hora e a procedência dos comunicados.

4.     Tenha cuidado de não repetir em demasia o que as outras estações transmitiram, diga simplesmente: QSL, quando tiver anotado corretamente as mensagens.

5.     Module calmamente e pausadamente para que sua voz seja ouvida com clareza. Recomenda-se posicionar o microfone obliquamente em relação à boca, evitando desagradáveis ruídos de respiração e sopros.

6.     Não ocupe em demasia a freqüência. Use somente quando for necessário.

Código “Q”

Apesar de largamente difundidas certas combinações do código Q são freqüentemente confundidas quanto ao seu real significado original. A título de informação listamos algumas das mais utilizadas, assim como outras pouco conhecidas.

QRA – nome da estação (nome da embarcação e nunca o nome do operador)

QRF – está voltando a ... (lugar, local etc)

QRL – está ocupado?

QRM – interferência de outra estação ou ruídos elétricos

QRN – interferência causada por fenômenos atmosféricos

QRS – transmitir mais devagar

QRV – está preparado para receber e transmitir mensagens

QRZ – quem me chama?